O técnico Pep Guardiola admitiu frustração após a surpreendente eliminação do Manchester City para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, nas quartas de final do Mundial de Clubes, em partida disputada na noite desta segunda-feira (30).
Logo após a partida, Guardiola reconheceu méritos do adversário e minimizou qualquer surpresa em relação ao resultado. “O nível sempre foi próximo. As pessoas pensam que é muito fácil, mas não é. O Al-Hilal é um time muito bem treinado, com jogadores de qualidade, que defendem muito bem e saem rápido no contra-ataque”, declarou o treinador espanhol em entrevista coletiva.

Durante o jogo, o City teve mais posse de bola e criou várias oportunidades, mas parou em defesas importantes do goleiro Bono, destaque da equipe saudita. Guardiola lamentou a falta de eficiência do ataque. “Criamos muitas chances, mas Bounou fez defesas incríveis e fomos expostos em alguns momentos. No fim, é preciso ser clínico. Tivemos muitas oportunidades, mas não conseguimos aproveitar”, disse.
Além das falhas na finalização, Guardiola apontou problemas no controle do jogo. “Nos custou muito caro não conseguir controlar os passes em alguns momentos. Precisamos aprender com isso. Foi uma experiência única, mas agora é levantar a cabeça e seguir em frente”, afirmou o treinador, visivelmente desapontado.
A eliminação do City também teve repercussões internas, pois Rodri, volante titular e peça fundamental do esquema de Guardiola, deixou o campo sentindo dores musculares e será reavaliado. A possível lesão preocupa o departamento médico.
Nos bastidores, o revés do City foi visto como uma das maiores zebras recentes no Mundial de Clubes. A imprensa inglesa classificou a derrota como “uma das maiores surpresas da história do torneio”, destacando não só o resultado, mas também o prêmio milionário que o clube inglês deixou de receber com a eliminação. Segundo veículos britânicos, a queda precoce custou cerca de £9 milhões (aproximadamente R$ 60 milhões) ao City em prêmios e direitos de transmissão.
Guardiola, porém, recusou a ideia de tratar o Mundial como prioridade absoluta. “Claro que queríamos ganhar, mas não podemos perder a cabeça. Precisamos aprender e voltar mais fortes. O futebol é assim, às vezes não vence o favorito”, finalizou o técnico.