Proteína com presença garantida na refeição dos brasileiros, o frango pode chegar mais barato até a mesa das famílias nos próximos meses. O movimento tende a ser originado pelo aumento da disponibilidade interna da proteína com os embargos às exportações impostos pela China e pela União Europeia, principais consumidores do frango nacional.

Com a maior disponibilidade de frango em território nacional, os produtos e derivados tendem a chegar com um valor menos salgado até a mesa das famílias brasileiras nos próximos meses. “A produção de frango estava programada para uma demanda maior, o que vai, repentinamente, diminuir e contribuir para a redução de preços devido ao excesso de oferta no curto prazo”, diz José Ronaldo Castro, professor de economia do Ibmec.

Diante do aumento da oferta e a eventual queda de preço do frango, outras carnes também podem ter os preços ajustados ao consumidor final. “Com a redução do preço do frango, tende a haver uma redução da demanda dos substitutos mais baratos, como a carne de porco, que pode acompanhar a queda de preço com a preferência maior pelo frango”, diz Castro. No caso da carne bovina, o efeito vale para os cortes mais baratos, com preços mais próximos ao do frango.”Não há risco no consumo, o risco é para quem manuseia essas aves”, garantiu o ministro Fávaro.

Ele orienta, no entanto, que a população não consuma ovos e frangos sem cozimento. “É recomendável não consumir carne de frango e ovos crus, até por outras doenças, como, por exemplo, Salmonella”, disse.