
O senador Otto Alencar (PSD), peça-chave nas negociações, adotou tom de cautela. Em diversas entrevistas, ele afirmou que decisões antecipadas podem ser “precipitadas” e defendeu que “o político só deve definir sua estratégia no tempo certo” .
Ele reconheceu que Angelo Coronel (PSD) — atualmente senador da legenda — corre risco de ficar fora da chapa se o plano petista avançar, mas sugeriu que “compensações políticas poderão ser oferecidas” .

O PSD, através de Coronel, considera a fórmula de três petistas como afronta: “puro-sangue às vezes cansa”, alertou Otto, rememorando que, em 2006, uma postura semelhante levou à derrota, quando Antônio Carlos Magalhães não incluiu Geddel e acabou perdendo para Wagner .
Rui Costa, já pré-candidato ao Senado, afirmou que todas as discussões sobre chapa devem ocorrer apenas em 2026, para manter o foco administrativo em 2025 .
Já o governador Jerônimo Rodrigues tem pedido calma, sinalizando que o presidente Lula deve manter distância das decisões locais, desde que o grupo resolva o assunto internamente .
Resumo da possível chapa PT 2026
Cargo Nome em discussão Comentários Governador Jerônimo Rodrigues (PT) Presente natural, busca reeleiçãoSenado
(1ª vaga) Jaques Wagner (PT) Ex-governador, forte peso eleitoralSenado
(2ª vaga) Rui Costa (PT) Ministro da Casa Civil, já se colocou disponível
Esse modelo deixa o senador Angelo Coronel (PSD) de fora, mas possíveis “compensações” estão em análise para manter o PSD na base .
O cenário está em formação, mas:
O PT puxa uma linha “puro‑sangue”, com três nomes fortes internamente;
O PSD resiste, mas Otto projeta que tudo será resolvido com maturidade e no tempo certo;
A definição oficial só deverá ocorrer entre final de 2025 e início de 2026.