Uma declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro, feita no último sábado (12), voltou a movimentar o cenário político brasileiro e a repercutir internacionalmente. Durante um evento fechado com empresários e aliados em Brasília, Bolsonaro criticou a recente decisão do governo norte-americano, liderado por Donald Trump, de aumentar tarifas sobre produtos brasileiros e, ao mesmo tempo, sugeriu que parlamentares deveriam avançar na discussão sobre anistia a manifestantes presos após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A fala misturou temas distintos – comércio internacional e política interna – mas rapidamente se tornou munição para adversários e dividiu apoiadores.

Anistia a presos do 8 de Janeiro
No mesmo evento, Bolsonaro defendeu que o Congresso avance no debate sobre anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília:
> “Precisamos virar essa página. Gente que estava lá, muitas vezes enganada, está pagando um preço alto demais. O Congresso tem que ter coragem de votar a anistia.”
A declaração irritou parlamentares do centro e da esquerda. A base do governo Lula classificou a fala como “afronta à democracia” e voltou a se posicionar contra qualquer tipo de perdão.
Reações políticas
Líderes do PL, partido de Bolsonaro, evitam se comprometer com um projeto de anistia, mas confirmaram que há setores da legenda estudando propostas.
Governo Lula avalia que a fala pode prejudicar o Brasil em negociações diplomáticas e comerciais, especialmente diante das tensões com os EUA.