Nesta quarta-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode decidir se decretará a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A possível detenção se baseia no descumprimento de medidas cautelares impostas pelo tribunal.

Por que Bolsonaro pode ser preso hoje?
- Violação da proibição de usar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros
Moraes já havia proibido Bolsonaro de se manifestar em redes sociais, diretamente ou por meio de vídeos e transcrições reproduzidos por terceiros. - Aparecimento em entrevistas circulando online
Na segunda-feira (21), Bolsonaro concedeu entrevistas à imprensa, exibindo inclusive sua tornozeleira eletrônica, e esses vídeos foram amplamente difundidos em redes sociais. - Defesa apresentou justificativas, mas Moraes considerará se houve infração real
Os advogados afirmam que ele não tinha intenção de violar a cautelar e argumentam que a proibição não foi clara quanto a entrevistas. A defesa espera que isso evite a prisão.
O que acontece agora?
Moraes deu 24 horas para a defesa apresentar explicações sobre o suposto descumprimento da ordem judicial.
Com a resposta em mãos, o ministro pode:
Decretar prisão preventiva, caso considere que houve infração significativa;
Reformar ou clarear as medidas cautelares;
Ou manter o status quo, sem novas sanções.
As medidas cautelares vigentes
Uso de tornozeleira eletrônica;
Recolhimento domiciliar noturno e integral em fins de semana;
Proibição de contato com autoridades estrangeiras e com o filho Eduardo;
Veto ao uso de redes sociais, diretas ou indiretas (em entrevistas, vídeos etc.).
Debate jurídico e político
Especialistas divergem:
Alguns dizem que as entrevistas violam a cautelar e podem justificar prisão.
Outros afirmam que o ex-presidente não controla a circulação do que fala e, portanto, não poderia ser punido por isso.
No cenário político, o Brasil vive tensão jurídica, com manifestações de aliados defendendo Bolsonaro e críticas internacionais — incluindo revogação de vistos .
Conclusão
A decisão do Dia D será o resultado da análise de Moraes sobre se Bolsonaro realmente descumpriu as medidas – e, se sim, se isso justifica prisão preventiva ainda hoje, 23 de julho de 2025. A família e o país aguardam.