Em decisão histórica e sem precedentes, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou nesta sexta-feira (12) a pena total de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A condenação reúne diferentes processos nos quais o ex-chefe do Executivo foi réu, incluindo tentativa de golpe de Estado, incitação a atos antidemocráticos e desinformação contra o sistema eleitoral.

O julgamento, que se estendeu por semanas, foi marcado por intenso debate entre os ministros. A maioria acompanhou o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que destacou a gravidade das condutas e o impacto dos atos na democracia brasileira.
“Os crimes praticados tiveram como objetivo subverter a ordem constitucional e desestabilizar as instituições. A pena precisa refletir a gravidade do ataque à democracia”, afirmou Moraes durante a leitura do voto.
A decisão prevê regime inicial fechado, perda dos direitos políticos durante o cumprimento da pena e pagamento de multa. A defesa de Bolsonaro já anunciou que vai recorrer ao plenário do STF, alegando perseguição política e cerceamento de defesa.
Nas redes sociais, aliados do ex-presidente reagiram com indignação, chamando a decisão de “absurda” e prometendo mobilizações. Já partidos de esquerda comemoraram o resultado, afirmando que o julgamento reforça o compromisso das instituições com o Estado de Direito.
Caso o plenário do STF mantenha a condenação, Bolsonaro poderá ser preso ainda este ano. Especialistas apontam que será um dos casos mais emblemáticos da história do Judiciário brasileiro.