A Igreja Bola de Neve se pronunciou neste domingo (6) sobre o ataque cibernético que comprometeu os sistemas da prestadora C&M e levou ao bloqueio de diversas chaves PIX por medida de segurança. Segundo a instituição religiosa, apesar de ter sido afetada pela ação preventiva do Banco Central, não houve qualquer prejuízo financeiro ou vazamento de dados ligados à igreja.
O ataque, ocorrido no fim de junho, é considerado um dos maiores já registrados no sistema financeiro brasileiro. Estima-se que os criminosos tenham conseguido desviar valores que podem chegar a R$ 1 bilhão, atingindo diretamente instituições como a BMP, o Banco Paulista, o Carrefour, entre outros.
A Bola de Neve foi incluída entre os clientes impactados indiretamente, já que utilizava os serviços da empresa C&M para o gerenciamento de transações via PIX. Com isso, suas chaves foram temporariamente bloqueadas como parte do protocolo de segurança. Ainda assim, a igreja garantiu que nenhuma movimentação irregular foi detectada e que todos os recursos da instituição permanecem seguros.
“Não houve qualquer comprometimento de valores ou prejuízo direto à igreja. A interrupção do serviço foi apenas uma medida preventiva, prontamente resolvida”, diz a nota divulgada.
Investigação em curso
As investigações do caso continuam sob responsabilidade da Polícia Federal e do Banco Central, que trabalham para identificar os responsáveis e entender como os sistemas foram invadidos. A empresa C&M, responsável pela integração de diversas instituições ao sistema de pagamentos instantâneos (PIX), segue cooperando com as autoridades.
O caso acende um alerta sobre os riscos cibernéticos no setor financeiro brasileiro, mesmo em sistemas considerados seguros como o PIX, criado pelo Banco Central para facilitar transações rápidas e gratuitas entre pessoas físicas e jurídicas.
Outras instituições também negam perdas
Além da Igreja Bola de Neve, outras organizações afetadas também garantiram não ter sofrido perdas. O Carrefour Brasil informou que seus sistemas financeiros não foram comprometidos e que seus serviços seguem funcionando normalmente.
Enquanto isso, especialistas alertam para a necessidade de reforço nas barreiras de proteção digital, sobretudo em empresas que operam como intermediárias de dados e transações financeiras sensíveis.