O anúncio de que Flávio Bolsonaro será o candidato do PL à Presidência da República em 2026 provocou forte reação dentro da própria direita brasileira. Uma das críticas mais contundentes veio do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), que divulgou um vídeo nas redes sociais acusando o senador de ter “as mãos sujas” e afirmando que sua candidatura enfraquece o discurso moral que parte da direita sustenta há anos.
Segundo Otoni, a direita “tinha um candidato limpo para 2028”, mas o movimento decidido por Jair Bolsonaro ao escolher o filho para disputar o Planalto compromete essa estratégia. No vídeo, o deputado afirma que Flávio “não representa renovação” e carrega um histórico que abre flanco para ataques de adversários.

Otoni de Paula voltou a citar o caso das rachadinhas na Alerj, investigação que envolveu o então deputado estadual Flávio Bolsonaro e ex-assessores. Ele também lembrou que, durante o governo Bolsonaro, o senador teria exercido influência em nomeações para direções de hospitais no Rio de Janeiro — acusações que, segundo ele, resultaram em denúncias de irregularidades e má gestão.
Para o deputado, colocar Flávio como cabeça de chapa significa “entregar de bandeja” ao campo progressista um discurso pronto: o de que a direita perdeu a coerência e se afastou do próprio combate à corrupção.
“O que era antes nosso maior diferencial agora vira nosso maior problema”, afirmou Otoni.
A declaração abriu nova fissura dentro da base conservadora. Enquanto aliados de Flávio defendem unidade em torno do nome escolhido pelo PL, setores mais ideológicos avaliam que a decisão pode limitar o alcance eleitoral da direita, especialmente entre eleitores críticos à corrupção e que se aproximaram do bolsonarismo em 2018.
O vídeo de Otoni circula amplamente em grupos políticos e tem repercutido tanto entre apoiadores quanto entre críticos do PL. Apesar disso, até o momento, a cúpula do partido não respondeu às acusações publicamente. Flávio Bolsonaro também não comentou diretamente as declarações do colega de parlamento.

A escolha de Flávio como candidato ocorre no momento em que Jair Bolsonaro cumpre pena e busca manter sua influência política. A decisão reforça sua estratégia de passar o bastão político para o primogênito, movimento que, ao mesmo tempo, fortalece sua família dentro do PL e aprofunda as divisões internas no campo conservador.
O debate promete ganhar força à medida que a campanha de 2026 se aproxima — especialmente se novas denúncias ou disputas internas surgirem ao longo do ano eleitoral.
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Catuense, pai, Advogado, Professor, Jornalista, Radialista, Gestor de futebol, Escritor e Empresário; Coordenador Municipal de Segurança Pública da Prefeitura de Catu; Professor de Educação Básica do Município de Itanagra; Membro da Academia Internacional de Literatura; Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores. Com formação em: Telecomunicações; Processo Petroquímico; Teologia; Matemática; Direito; e Ciências Biológicas; Mestre Em Comunicação e Jornalismo; Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais; Especialista em Direito Administrativo; Especialista em Criminologia; Especialista em Educação Basica; Especialista no Ensino de Matematica e Biologia; Especialista em Coordenação e Gestão Educacional; Graduando em Farmácia; Licenciando em Ciências da Computação e Informática; Licenciando em Física.

