Em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o Brasil estuda oferecer cooperação na área de minerais críticos e terras-raras como parte de uma estratégia para tentar barrar o novo pacote tarifário anunciado por Washington.
Durante coletiva concedida nesta segunda-feira (5), Haddad explicou que o país está disposto a abrir diálogo com os norte-americanos e sinalizou que as riquezas minerais brasileiras — estratégicas para indústrias de alta tecnologia — podem entrar na mesa de negociações.

“O Brasil é um dos países com maior potencial em terras-raras. É possível construir acordos de cooperação com os Estados Unidos, desde que haja interesse mútuo e respeito à soberania”, afirmou o ministro.
Tarifaço à vista
O governo dos EUA anunciou recentemente um aumento significativo nas tarifas de importação sobre diversos produtos brasileiros, elevando a alíquota de 10% para até 50%. O novo conjunto de tarifas, chamado de tarifaço, está previsto para entrar em vigor nos próximos dias, e afeta setores como aço, alumínio, derivados agrícolas e peças industriais.
Para Haddad, ainda há tempo para encontrar uma solução diplomática:
“Esperamos uma reunião com os representantes do governo norte-americano até o fim da semana. Há espaço para negociação. O Brasil quer diálogo, não confronto.”
O que são terras-raras e por que importam?
As terras-raras são um grupo de 17 elementos químicos usados na fabricação de tecnologias de ponta, como baterias, turbinas eólicas, smartphones e equipamentos militares. Embora o Brasil tenha a segunda maior reserva mundial desses insumos, sua produção ainda é limitada.
De acordo com especialistas, essa vantagem natural pode se transformar em um importante ativo estratégico para o país, especialmente num cenário em que os Estados Unidos buscam reduzir a dependência da China, principal fornecedora global desses minerais.
Brasil quer acordo equilibrado
Haddad ressaltou que qualquer negociação com os EUA sobre os minerais estratégicos deve respeitar os interesses nacionais e garantir retorno para o país, seja em forma de investimentos, transferência de tecnologia ou acesso a mercados.
“Não vamos aceitar imposições. A ideia é construir pontes que beneficiem ambos os lados. O Brasil pode ser parte da solução, mas precisa ser tratado como parceiro, não como adversário”, reforçou.
Próximos passos
Segundo o governo, a expectativa é que as conversas com representantes dos EUA comecem ainda nesta semana, antes da efetivação das novas tarifas. A agenda inclui não apenas as questões minerais, mas também medidas de compensação, acordos comerciais bilaterais e temas ambientais.
Redação | UP Notícias
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Catuense, pai, Advogado, Professor, Jornalista, Radialista, Gestor de futebol, Escritor e Empresário; Coordenador Municipal de Segurança Pública da Prefeitura de Catu; Professor de Educação Básica do Município de Itanagra; Membro da Academia Internacional de Literatura; Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores. Com formação em: Telecomunicações; Processo Petroquímico; Teologia; Matemática; Direito; e Ciências Biológicas; Mestre Em Comunicação e Jornalismo; Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais; Especialista em Direito Administrativo; Especialista em Criminologia; Especialista em Educação Basica; Especialista no Ensino de Matematica e Biologia; Especialista em Coordenação e Gestão Educacional; Graduando em Farmácia; Licenciando em Ciências da Computação e Informática; Licenciando em Física.

