Brasileirão antecipado, estaduais mais curtos e final única: como ficará o calendário do futebol brasileiro
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou uma série de mudanças no calendário nacional a partir de 2026, com impacto direto nos estaduais, no Brasileirão e também na Copa do Brasil.
A proposta da entidade é diminuir a sobrecarga de jogos e dar mais competitividade às principais competições do país.

Entre as alterações já definidas, está a redução dos campeonatos estaduais de 16 para 11 datas. A medida, segundo a CBF, é um consenso para clubes das Séries A e B, que reclamavam há anos do excesso de rodadas antes do início do Brasileirão. Algumas federações já se anteciparam: no Rio de Janeiro, por exemplo, o Campeonato Carioca de 2026 terá apenas 10 datas e final em jogo único.
No Brasileirão, a principal mudança é a antecipação do término da competição para a primeira semana de dezembro, em vez de se estender até perto do Natal. Isso vai permitir que os clubes tenham mais tempo de preparação para torneios internacionais, como a nova Copa Intercontinental.
Já a Copa do Brasil pode passar por sua transformação mais radical desde a ampliação do número de participantes em 2013.
A CBF estuda adotar finais em jogo único, algo que dividiria opiniões entre dirigentes e torcedores.
A entidade também avalia ampliar o número de participantes, aumentando ainda mais a representatividade dos clubes do interior e de federações menores.
Outra negociação em curso envolve a Conmebol: a CBF quer transformar as duas vagas brasileiras na fase preliminar da Libertadores em uma vaga direta na fase de grupos, o que aumentaria a presença nacional entre os principais clubes do continente.
Apesar das mudanças, o presidente da CBF, Samir Xaud, garante que os estaduais não vão desaparecer. “Eles são parte da tradição do nosso futebol.
O que estamos fazendo é ajustar o calendário para que todos possam jogar com mais qualidade e menos desgaste”, afirmou em entrevista recente.
O novo desenho do calendário ainda gera debates, mas o certo é que a temporada do futebol brasileiro nunca mais será a mesma. Menos datas, decisões em jogo único e um Brasileirão mais compacto prometem mexer não apenas com a rotina dos clubes, mas também com o coração dos torcedores.