O governo do presidente Lula tem trabalhado para criar uma nova forma de cobrança de impostos voltada para os mais ricos. A ideia é simples: quem tem muito, paga mais. Esse dinheiro seria usado para combater a pobreza, ajudar no desenvolvimento social e financiar ações contra as mudanças climáticas.

Mas afinal, o que está sendo proposto e como está o andamento disso tudo? Veja a explicação completa abaixo:
💰 O que o governo quer fazer?
1. No Brasil:
O governo quer implementar o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na Constituição desde 1988, mas que nunca foi colocado em prática.
A proposta é cobrar uma alíquota (percentual) anual entre 0,5% e 1,5% de quem tem fortunas acima de R$ 10 milhões.
Em 2023, o governo também aprovou uma medida provisória para taxar fundos exclusivos de milionários, arrecadando cerca de R$ 24 bilhões até 2026.
2. No mundo (via G20):
Lula também propôs no G20 um imposto global sobre bilionários, com taxa mínima de 2% ao ano para fortunas acima de US$ 1 bilhão.
A ideia é que esse imposto seja aplicado em todos os países que aderirem.
Se aprovado, pode arrecadar até US$ 250 bilhões por ano no mundo inteiro.
🇧🇷 Como está a situação no Brasil?
O projeto do IGF já foi debatido no Congresso Nacional, mas não foi aprovado na Câmara dos Deputados.
Mesmo assim, a discussão continua no Senado, e o governo tenta negociar para que a proposta volte à pauta com algumas mudanças.
Além disso, a medida de taxar os fundos exclusivos já está valendo desde 2023.
🌍 E o imposto global sobre bilionários?
A proposta de Lula ganhou apoio de países como França e Espanha, mas enfrenta resistência de grandes potências, como Estados Unidos, Alemanha e Argentina.
A próxima reunião do G20 será no Rio de Janeiro, e o Brasil quer incluir a proposta no documento final do encontro.
A expectativa é usar esse imposto global para combater a pobreza extrema e financiar ações contra a mudança climática.
📊 O que a população acha disso?
Segundo pesquisa do Datafolha, 76% dos brasileiros apoiam a taxação dos super-ricos.
Mesmo assim, muitos duvidam que o Congresso vá aprovar uma proposta como essa.Entre os que conhecem o plano, quase metade acredita que ele será barrado por pressão política.
⚠️ Quais são os desafios?
Fuga de dinheiro:
Os bilionários podem tentar transferir suas fortunas para outros países onde o imposto não existe.
Dificuldade de cálculo:
Avaliar exatamente quanto uma pessoa muito rica tem é algo complexo. É preciso considerar imóveis, ações, empresas, joias, carros de luxo e outros bens.
Resistência política:
Muitos deputados e senadores são contra esse tipo de imposto, alegando que pode prejudicar investimentos.
✅ O que pode acontecer agora?
No Brasil, o tema deve continuar sendo discutido no Congresso. Se houver acordo político, o IGF pode voltar com força.
No mundo, o imposto global será debatido novamente na cúpula do G20, e o Brasil tentará convencer outros países a apoiar a proposta.