O Flamengo até mostrou coragem, mas voltou para casa eliminado do Mundial de Clubes após ser derrotado por 4 a 2 pelo Bayern de Munique, em partida realizada neste sábado (29), no Hard Rock Stadium, em Miami. O confronto escancarou não apenas as virtudes do time alemão, mas também o abismo técnico e tático que separa as principais equipes europeias dos clubes sul-americanos no cenário atual.

Logo nos primeiros minutos, o time rubro-negro se viu acuado diante da pressão alta bávara. O gol contra de Pulgar aos seis minutos, somado ao chute certeiro de Harry Kane pouco depois, deixou o Flamengo com dois gols de desvantagem antes mesmo da metade do primeiro tempo.
Foi um início que evidenciou a intensidade e a precisão do Bayern, marca registrada do futebol europeu moderno.
Ainda assim, o Flamengo reagiu. Gerson descontou com um chute de rara felicidade, e Jorginho converteu um pênalti no segundo tempo, reacendendo as esperanças da equipe brasileira. Nesse trecho do jogo, o Flamengo conseguiu equilibrar a posse e criar situações ofensivas, aproveitando alguns espaços deixados pelo Bayern.
Mas a superioridade alemã prevaleceu. Goretzka, com chegada surpresa à área, e Kane novamente, deram números finais ao placar. O Bayern demonstrou profundidade de elenco e controle emocional, mantendo a intensidade mesmo sob pressão. O Flamengo, por sua vez, esbarrou nos próprios erros defensivos e na falta de alternativas para manter o ritmo diante da força física e da disciplina tática dos europeus.
A partida reforça uma dura realidade: embora o futebol brasileiro ainda conte com talento individual e capacidade de reação, falta organização coletiva para encarar rivais do mais alto nível europeu. Além disso, a diferença financeira, que garante aos europeus elencos mais fortes e preparados, segue impactando diretamente o desempenho em campo.Para o Flamengo, resta o consolo de ter lutado, mas também a necessidade urgente de repensar seu planejamento se quiser novamente sonhar alto no cenário mundial.
Já o Bayern avança fortalecido e mantém viva a tradição europeia de hegemonia no torneio, evidenciando que, hoje, o Mundial de Clubes segue sendo território predominantemente europeu.