Até pouco tempo era apontado como modelo de gestão e modernidade no futebol brasileiro, vive uma das fases mais delicadas de sua história recente. Rebaixado para a Série B ao final de 2025, o Furacão inicia agora uma dura batalha para retornar à elite do Campeonato Brasileiro em 2026.
O clube, conhecido pela forte estrutura da Arena da Baixada e por um projeto de gestão considerado inovador durante anos, enfrenta críticas pela queda de desempenho dentro de campo e questionamentos sobre decisões administrativas que resultaram no declínio esportivo. A saída de jogadores importantes, mudanças frequentes na comissão técnica e contratações que não corresponderam criaram um cenário de instabilidade.
Nos bastidores, a diretoria tenta reorganizar o elenco e resgatar a identidade de um time competitivo e formador. A torcida, acostumada a conquistas recentes e participações constantes em competições continentais, cobra respostas e demonstra preocupação com o futuro do clube.
Após 32 rodadas, o clube ocupa a 7ª colocação, com 49 pontos, apenas três atrás do G-4 — grupo que garante o acesso à elite do futebol nacional. A distância, embora curta, tem se mostrado difícil de reduzir devido à irregularidade da equipe nas últimas rodadas. Sem vencer há três jogos — com dois empates e uma derrota —, o time perdeu força justamente no momento decisivo da competição.

No último compromisso, o Atlético empatou em 1 a 1 com o Avaí, em uma partida marcada por confusões e três expulsões (dois jogadores do Furacão e um do adversário), evidenciando o clima de nervosismo que ronda o elenco. A sequência negativa ligou o sinal de alerta na Arena da Baixada e aumentou a pressão da torcida, que cobra uma reação imediata.
O próximo desafio será o clássico contra o Coritiba, um confronto que pode definir o futuro do clube na Série B. Uma derrota ampliaria a diferença para os quatro primeiros colocados e complicaria de vez a luta pelo acesso, enquanto uma vitória manteria viva a esperança de retorno à elite.
Além dos problemas dentro de campo, o Athletico também enfrenta questionamentos nos bastidores. Decisões administrativas, mudanças na comissão técnica e contratações que não renderam o esperado são apontadas como fatores que contribuíram para a queda de desempenho do clube, que há poucos anos disputava finais de Copa do Brasil e Libertadores.
Com seis rodadas restantes, o Furacão precisa reencontrar a consistência, recuperar a confiança e controlar a ansiedade para manter viva a chance de voltar à Série A. A missão não é impossível, mas exige uma arrancada final digna da tradição rubro-negra.
O torcedor atleticano ainda acredita — e espera que o Furacão volte a soprar forte em 2026.
Veja os gols do jogo que deixou o Furacão na briga pelo acesso.