
A influenciadora norte-americana Maria Palen, de 31 anos, está passando por um processo intenso de reabilitação depois de contrair babesiose — uma infecção parasitária rara transmitida por carrapatos. A doença causou uma inflamação grave na medula espinhal (mielite transversa), levando à perda dos movimentos da cintura para baixo.
O caso veio a público após Maria relatar nas redes sociais que começou a apresentar sintomas como febre, fadiga e dores pelo corpo em outubro de 2024. Durante uma viagem ao Texas, seu estado de saúde se agravou: ela perdeu a capacidade de urinar e foi hospitalizada às pressas. O diagnóstico confirmou babesiose, infecção que pode ser transmitida pela mesma espécie de carrapato responsável pela Doença de Lyme.
No caso de Maria, a infecção alcançou o sistema nervoso central e causou inflamação na medula, comprometendo sua mobilidade. Mesmo após semanas de internação e tratamento com antibióticos e antiparasitários, os médicos informaram que suas chances de recuperação — total, parcial ou nenhuma — eram de apenas 33%.
O que é a babesiose?
Trata-se de uma doença causada por protozoários do gênero Babesia, que atacam as células vermelhas do sangue. A infecção é comum em algumas regiões dos Estados Unidos, como Nova York, Connecticut e Minnesota. Os sintomas são semelhantes aos da malária: febre alta, calafrios, dores musculares, fadiga extrema, anemia e, em casos graves, insuficiência renal ou pulmonar.
Diagnóstico e tratamento
A babesiose é identificada por meio de exames de sangue, que detectam o parasita dentro das hemácias. O tratamento padrão combina antibióticos e antiparasitários por cerca de 7 a 10 dias, mas casos graves podem exigir internação e cuidados mais intensivos.
No Brasil
Embora bastante comum entre animais, principalmente cães e bovinos, a babesiose humana ainda não tem registros confirmados de transmissão por carrapatos no país. No entanto, especialistas alertam que casos isolados podem passar despercebidos por apresentarem sintomas genéricos.
Prevenção
Para evitar a picada de carrapatos, é recomendado:
- Usar roupas compridas e de cores claras;
- Aplicar repelente na pele e nas roupas;
- Evitar áreas com vegetação densa;
- Fazer inspeção no corpo após caminhadas em trilhas;
- Remover imediatamente qualquer carrapato encontrado na pele, utilizando uma pinça com cuidado.
Luta e superação
Maria, que antes compartilhava uma rotina voltada à vida saudável com mais de 23 mil seguidores, agora utiliza as redes para relatar seu processo de recuperação e alertar sobre os riscos dessas infecções silenciosas:
— Minha vida mudou completamente por causa de uma simples picada. Mas sigo firme, com fé e esperança de voltar a andar — escreveu em uma publicação recente.