Brasília – O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), subiu o tom nesta quarta-feira (10) e pediu a prisão do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O pedido veio após a divulgação de um vídeo gravado por Eduardo nos Estados Unidos, em que ele ameaça o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família.
“Não podemos normalizar esse tipo de violência política. O que Eduardo Bolsonaro fez é crime e precisa ter resposta imediata das instituições. Nosso pedido é que seja decretada sua prisão preventiva para que esse tipo de intimidação nunca mais se repita”, afirmou Lindbergh Farias em entrevista à imprensa no Congresso Nacional.
O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra Eduardo Bolsonaro dizendo que “vai atrás de cada um” dos familiares de Moraes, o que foi interpretado como uma ameaça direta ao ministro.

Lindbergh também anunciou que vai apresentar representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação do mandato de Eduardo. “Não se trata de divergência política, se trata de crime contra a democracia e o Estado de Direito”, reforçou o líder petista.
Juristas ouvidos por Up Notícias.net concordam que há fundamento para responsabilização criminal. “A ameaça contra ministro do STF é crime e pode ser processada mesmo que tenha sido feita no exterior”, disse o constitucionalista Pedro Serrano.
A base governista apoia a iniciativa de Lindbergh, enquanto aliados de Eduardo Bolsonaro classificam o pedido como tentativa de censura e perseguição política. O Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciou oficialmente, mas interlocutores confirmam que Moraes foi informado do caso e avalia medidas legais.