Uma mulher morreu de forma trágica ao tentar atravessar a fronteira entre o Paraguai e o Brasil com 26 iPhones presos ao corpo. O caso, que chocou moradores da região, aconteceu nesta quinta-feira (1º), nas imediações da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), ponto conhecido por intenso fluxo de contrabando de eletrônicos.
De acordo com informações da Polícia Federal, a mulher, ainda não identificada oficialmente, utilizava fitas adesivas e esparadrapos para prender os aparelhos ao corpo, numa técnica comum entre os chamados “formiguinhas” — pessoas contratadas para transportar mercadorias de forma clandestina.

Testemunhas relataram que ela começou a passar mal logo após cruzar a fronteira. Ela caiu desacordada próximo ao terminal de transporte urbano e, apesar do rápido acionamento do SAMU, a vítima não resistiu. A principal suspeita é de que ela tenha sofrido uma parada cardiorrespiratória provocada pela compressão dos aparelhos no tórax e no abdômen, dificultando a respiração e a circulação sanguínea.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os 26 celulares de última geração estavam distribuídos ao longo do tronco, costas, coxas e pernas da mulher, em uma tentativa de evitar a detecção pela fiscalização alfandegária.
A Polícia Federal abriu investigação para identificar os responsáveis pela logística do contrabando. A suspeita é de que a vítima tenha sido aliciada por quadrilhas que atuam na fronteira e se aproveitam da vulnerabilidade econômica de pessoas desesperadas por renda.
Esse tipo de ocorrência expõe os riscos extremos aos quais muitas pessoas são submetidas em redes criminosas que operam impunemente, utilizando “mulas humanas” para driblar a fiscalização.
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