O Santos atingiu neste domingo (17) o ponto mais baixo de sua temporada – e, para muitos, de sua história recente. Diante de mais de 40 mil pessoas no Estádio do Morumbi, o time foi goleado pelo Vasco por 6 a 0, resultado que não apenas estabeleceu a maior vitória vascaína no confronto centenário, mas também expôs de forma cruel a decadência do clube da Vila Belmiro e de sua principal estrela: Neymar Júnior.
O fim de uma era de glórias
Um clube que já revelou Pelé, Neymar e tantos outros craques hoje se vê imerso em uma crise institucional e esportiva. A falta de planejamento, as dívidas crescentes e a instabilidade no comando técnico corroeram a competitividade do Santos. A derrota para o Vasco não foi um episódio isolado, mas sim o ápice de um ciclo de más escolhas.
Desde o início do Brasileirão, o Peixe acumula atuações irregulares e convive com o fantasma da zona de rebaixamento. A chegada de Neymar, tratada como o “retorno do filho pródigo” para resgatar a grandeza santista, acabou transformando-se em um fardo para o jogador e para o clube.
Neymar, do sonho ao pesadelo
Se em 2010 e 2011 o camisa 11 era símbolo de ousadia e alegria, em 2025 o roteiro é amargo. Aos 33 anos, Neymar retornou para ser protagonista, mas encontra um elenco frágil e sem respostas. Contra o Vasco, foi um espectador impotente: isolado, sem receber bolas, e alvo de vaias de parte da torcida.
Neymar não conteve as lágrimas. Sentado no gramado, abaixou a cabeça e saiu em prantos, consolado pelo técnico adversário, Fernando Diniz – uma cena simbólica que estampou jornais do Brasil e do mundo. “É uma vergonha. Nunca vivi nada assim”, desabafou após a partida.
Vasco impõe a maior derrota da história do confronto
Enquanto o Santos afundava, o Vasco escrevia uma de suas páginas mais brilhantes. Implacável, a equipe carioca dominou desde o início, explorando as fragilidades defensivas do adversário e transformando o jogo em um massacre. O placar de 6 a 0 não apenas entrou para a história como o maior do clássico, mas também decretou o fim da passagem do técnico Cleber Xavier, demitido imediatamente após o apito final.
O reflexo da decadência
A goleada é mais do que um resultado esportivo: é o reflexo da decadência de um clube que não consegue mais competir de igual para igual com os grandes do país. E, para Neymar, representa o ponto mais doloroso de uma carreira marcada por altos e baixos, talento indiscutível, mas também por polêmicas, lesões e a falta do protagonismo esperado em momentos decisivos.
O que vem pela frente
O Santos precisará se reinventar rapidamente para evitar que a temporada termine de forma ainda mais trágica. Para Neymar, o desafio é ainda maior: provar que ainda pode ser decisivo e não apenas um ícone de um passado glorioso.
O vexame no Morumbi ficará marcado não apenas como a maior derrota da carreira do craque, mas como o símbolo de um clube que, outrora gigante, hoje luta para reencontrar sua identidade.
