O clima político esquentou nos bastidores da Prefeitura de Lauro de Freitas. Após anunciar o rompimento com a base da prefeita Débora Régis (União Brasil), o vereador Gabriel Bandarra (PL), mais conhecido como Tenóbio, viu 30 aliados serem exonerados de cargos comissionados — incluindo sua esposa e seu pai.

Rompimento seguido de demissões
A decisão da prefeita foi oficializada no Diário Oficial do Município do dia 9 de julho de 2025. Poucas horas após Tenóbio anunciar sua saída da base governista, a lista de exonerações veio à tona. A medida afetou diretamente Luana Vitorino Matos Bandarra, esposa do vereador, que ocupava um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com salário de R$ 23 mil, e Francisco de Assis Jóffily de Souza, seu pai, que atuava como diretor-geral da Secretaria de Meio Ambiente, recebendo cerca de R$ 13,9 mil mensais.
Outros 28 cargos comissionados ocupados por nomes ligados ao vereador também foram encerrados.
Vereador denuncia retaliação
Tenóbio se pronunciou publicamente, afirmando que as exonerações foram uma retaliação direta à sua decisão política. “Isso foi depois que eu rompi”, declarou o parlamentar nas redes sociais, reforçando que sua postura na Câmara será independente e voltada ao povo.
Ele também criticou a prefeita, alegando que ela “toma decisões sem consistência política” e que faltam diálogo e articulação no governo municipal.
Tensão política em ano pré-eleitoral
O episódio marca um momento de forte instabilidade política na gestão municipal. Débora Régis, que conta com aliados no União Brasil e parte do PL, agora enfrenta a oposição de um vereador que até então compunha sua base e mantinha influência com dezenas de nomeações na estrutura da prefeitura.
Para observadores da política local, o rompimento e a retaliação explícita indicam uma antecipação da disputa eleitoral de 2026, com rearranjos e possíveis realinhamentos nos bastidores do poder.